quinta-feira, maio 28, 2009

Gosto

Do trabalho d' O Inimputável.

1 Comments:

At 6:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Fui espreitar este Blog que desconhecia e gostei bastante do que li. Permito-me fazer um reparo pedindo desde já desculpa ao autor - ainda estive para o deixar passar em claro, mas é superior às minhas forças porque colide frontalmente com as estritas regras gramaticais da nossa língua - e que espero não se fique a dever ao acordo luso-brasileiro (será possível?). Se o for, é muita pena. Prefiro contudo pensar que se tratou de um simples lapso linguístico. Não utilizo o termo 'clamoroso' porque é uma injustiça fazê-lo a quem escreve o português "de Portugal" de uma forma nobre e clara e aparentemente sem nada que se lhe aponte. O que torna este erro semântico ainda mais estranho na minha modesta opinião.
A máxima que encima este Blog e o define nas respectivas orações que lhe dão forma, não tem os predicados/verbos conjugados correctamente, isto é, a concordar com os sujeitos e é imperioso que gramaticalmente isso aconteça na língua portuguesa sob pena de algo extremamente desconfortável e indefinível estar a acontecer na psique, ou subsconsciente ou, se se quiser, no espírito de quem lê um texto independentemente do seu teor. Esta é uma regra básica que não admite atropelos, salvo as raríssimas excepções que a confirmam e que, quando é o caso, comportam sempre uma explicação lógica. Em português de Portugal os verbos(predicados) têm que obrigatòriamente concordar com os substantivos(sujeitos) e/ou complementos directos. É inconcebível que se diga p.e.: "as pessoas que visitou a exposição gostou do que viu..."; ou: "todos os conferêncistas falou na língua do seu país, só dois deles discursou na do anfitrião...", etc. Este tipo de linguagem está bem para o cidadão brasileiro com pouca instrução, porém e em abono da verdade raramente tal acontece com o medianamente instruído e muito menos com o culto. Mas lá está, os brasileiros podem fazer o que quiserem com a nossa língua no país deles - é lá que vivem e é lá que a falam. Nós, aqui, temos o estrito dever e a indeclinável obrigação de bem falar e de bem escrever a nossa língua. Absolutamente nada pode desculpar o contrário. Aos traidores de Portugal, esses que depois de terem destruído o nosso país económica e socialmente, passaram à última fase - a destruição da língua - e conjecturaram inacreditáveis acordos linguísticos para a abastardar ainda mais do que o têm feito, que sejam continuamente desmascarados e lhes reservemos o destino que merecem até que desapareçam de vez da circulação: desprezo total e absoluto.
Não fora este erro sematológico grave a titular um Blog que ademais prima pela coerência de pensamento e correcção estilística e possìvelmente inibir-me-ia de sequer o mencionar. Mas não é o caso. E abstraindo-me de um dos textos - cuja opinião do autor ainda que legítima contradiz a sua lógica, como é dedutível nos restantes escritos que assina - com o qual não concordo de todo (talvez tenha interpretado mal, concedo) e estamos indubitàvelmente perante mais um espaço blogosférico que não só honra os portugueses como e principalmente o seu autor.

Nota: Já nos basta um programa da RTP(!!!) "Cuidado com a Língua"(!!!) deduzo que emanado do M.E., apresentado pelo actor-sabichão Diogo Infante, que diga-se de passagem fala e actua nele de um modo ultra irritante e ridìculamente presunçoso, no qual é exactamente isto que está a ser ensinado a quem desconhece as regras básicas da nossa língua e as quer aprender: daqui pra frente não precisam de se conjugar os verbos principais das orações, ou dito doutro modo, os sujeitos/substantivos estão terminantemente proibidos de concordar com os predicados/verbos!!!!!! Temos assim que a partir d'agora (ou este crime já vem de há décadas e não nos demos conta?) o português correctamente falado e escrito à moda da vergonhosa politicagem que nos saiu em rifa, passa a ser: "os estudantes vai fazer uma greve às aula" ou "as professoras recusa-se a acatar as norma do Ministério" ou "muitas pessoas vai participar no cortejo".

Um trapo encharcado de porcaria nos focinhos é o que estas ignorâncias raras necessitavam.
Maria

 

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