segunda-feira, setembro 15, 2008

A Tia Manuela


A propósito da nova líder do PSD, e da abundância de análises e comentários que lhe têm sido dedicados na blogosfera e nos media tradicionais, vêm-me sempre à cabeça uns compassos bem-dispostos de La Bamba (não sei se conhecem).
(...) para bailar la bamba se necesita / una poca de gracia, una poca de gracia (...)
Seja o mais ligeiro desabafo dos opinadores de barbearia ou o mais profundo pensamento das sumidades da praça, logo me fica a dançar na cabeça a mesma música.
(...) para bailar la bamba se necesita / una poca de gracia, una poca de gracia (...)
Estou sinceramente convencido que a culpa não é minha. Então não é que entre o aluvião de opiniões a respeito, quase todas debruçando-se sobre o que falta à excelente senhora para poder alcançar os sucessos almejados, ainda ninguém se lembrou de apontar o mais simples e evidente de todos?
Será que ninguém repara que ela não tem a mais pequena sombra de vocação política? Por outras palavras, que não tem jeitinho nenhum para aquilo?
Como? Sou eu que vejo mal? De certeza?

1 Comments:

At 7:18 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Mas a ideia é mesmo essa, aliás sempre foi essa. Claro que toda a gente já reparou que a Senhora não tem jeito nenhum para o cargo. E os partidos, o dela em primeiríssimo lugar, não obstante encontrar-se (propositadamente) em fanicos, sabem-no mais do que ninguém, mas todos fingem que não e assobiam para o lado, como se a Senhora fosse o supra-sumo em inteligência e táctica poíliticas e o sistema democrático estivesse a ser gerido lindamente e a caminhar sobre rodas.
Por estas alturas da 'democracia' já não é necessário (salvo algum caso mais bicudo e difícil de roer, o que ainda poderia acontecer, então agora que o sistema banalizou a criminalidade seriam favas contadas) mandar assassinar rivais políticos ou dirigentes partidários à socapa como há 30 anos, desde há muito que estão todos estão mancomunados entre si e os prèviamente designados para o fazer auto-comprazem-se com o seu próprio suicídio, nas calmas. O político, bem entendido.
O que (não) admira é todos eles, os dirigentes e outros importantes membros dos vários partidos, sujeitarem-se a estas normas políticas fraudulentas. Mas lá está, tudo isto faz parte dum jogo pré-definido, em que todos concordaram à partida que os dados estavam viciados e com o qual todos são coniventes.

Se quisermos saber o pouco ou nada que vale um político, ou dito doutro modo, o quanto ele (ou ela) 'faz nenhuma falta' ao sistema corrupto que nos governa, para além dos favores terem que religiosamente ser pagos a quem com ele colabora desde o primeiro minuto, prestemos atenção às loas e rasgados elogios que lhe são tecidos pela oposição e como esse político é elevado aos píncaros quando ela, 'oposição', quer que ele assuma um lugar de destaque, de secretário geral num partido supostamente rival, por exemplo - mas igualmente um qualquer outro cargo importante numa organismo internacional ou mesmo nacional, os exemplos são múltiplos e todos conhecidos. Aí saberemos exactamente o "quanto" ele, no caso ela, vale polìticamente. Todos ainda nos lembramos da 'oposição' dizer maravilhas da Drª Ferreira Leite, por vezes não ostensivamente para disfarçar, antes desta assumir o presente cargo... Eles sabem-na toda. São mestres no disfarce, na hipocrisia, na corrupção e na mentira. São-no sobretudo em endrominar os portugueses e de que maneira. Mas depois de tantos anos de consumadas traições e vigarices, a maioria das quais à vista desarmada, só aqueles que ainda se deixam endrominar evidentemente.
Maria

 

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