quarta-feira, setembro 03, 2008

Erros grosseiros

Se eu fosse a José Sócrates, estava preocupado: eles estão com o freio nos dentes...
A ofensiva propagandística desencadeada por um certo PS que se julgava já perdido nas brumas da memória, a propósito de uma decisão judicial de 1ª instância, está a atingir uma expressão tal que ameaça pôr em causa os equilíbrios que subjazem ao poder socrático (é bom não esquecer que Sócrates só chegou onde chegou em consequência da decapitação de que falam Ana Gomes e Ferro Rodrigues).
Como se explica este frenesim, esta agitação apressada, sem esperar sequer que haja decisão definitiva, como seria mais curial em advogados? (Repare-se que uma hora depois de ser comunicada a sentença ao advogado de Pedroso já a notícia estava nas agências, e poucas horas depois já todos os pesos pesados tinham sido mobilizados para as televisões).
Será apenas porque é urgente fazer pressão no processo Casa Pia, moribundo mas ainda vivo? Será só com esse objectivo de eliminar uma ameaça latente e sempre inquietante, que permanece? (Até existem processos conexos que são vitais para a rede...)
Ou existem objectivos imediatos no campo político? Eu, se fosse Sócrates, inquietava-me.
Já agora, sobre "erros grosseiros": são apontados histericamente ao despacho do TIC, mas ainda não foram procurados nesta sentença cível que o apreciou. Podem estar nesta, e não estar naquele. Ou esta está dispensada de qualquer exame crítico, judicial ou extrajudicial?