segunda-feira, abril 21, 2008

Pela memória e pela verdade

Escreve João Távora:

Em nome da Liberdade
O que significa a indiferença global, perante
esta carta de Rosa Coutinho a Agostinho Neto nos sombrios anos revolucionários? Não deveria o documento originalmente publicado no livro “Holocausto em Angola”, da autoria de Américo Cardoso Botelho (Edições Vega 2007) e divulgado por António Barreto num jornal de referencia nacional, originar uma séria investigação e debate nacional? Atente-se nas palavras que transcrevo da dita carta: “ Após a última reunião secreta que tivemos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia Fanon que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada Agostinho Neto, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, a fim de provocar a sua debandada de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. A FNLA e a UNITA deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e da sua experiência militar. Desenraízem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruíne toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedade socialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela”.

5 Comments:

At 7:38 da tarde, Blogger Francisco Múrias said...

Devia alguem com dinheiro fazer um panfleto com a carta mandar distribui-la por todas as caixas de correio

 
At 2:26 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Esta carta é falsa

 
At 7:47 da manhã, Anonymous Anónimo said...

A carta, a ser falsa, tem inúmeras cópias do origial.
Mas esse Rosa (com a desonra dos)Coutinho não foi um gajo que foi enrabado por um pelotão de turras e que, depois disso, deu em paneleiro desvairado e descarado?
Assim como a história do Sr. Silva, ali em Badajoz, que, depois de levar no cú, não queria outra coisa...

 
At 9:16 da manhã, Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

No Público de hoje (27 Abr 08 ), António Barreto retracta-se no que toca a tão melindroso assunto. Escreve:

Correcção: Há duas semanas, citei, nesta coluna, uma carta atribuída ao antigo Alto-comissário em Angola, Rosa Coutinho. Esse documento fora reproduzido em fac-símile num livro de Américo Botelho editado em Lisboa em 2007, “Holocausto em Angola”. Desde então, que eu soubesse, a sua autenticidade não tinha sido posta em causa. O Almirante Rosa Coutinho acaba de negar, na revista “Visão”, a autoria de tal carta. Lamento ter utilizado como argumento esse documento apócrifo. As minhas desculpas ao senhor Almirante e aos leitores.

Como habitualmente, a crónica completa será afixada no Sorumbático, logo à noite.

 
At 7:27 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Não me parece que seja caso de pedir desculpa ao alm. Rosa. Parece, isso sim, que será ele quem deve pedir perdão a Portugal e aos Angolanos - então também Portugueses.
Nuno

 

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