sexta-feira, abril 11, 2008

Mário Machado

Até agora o decurso do julgamento que decorre em Monsanto tem sido exclusivamente ocupado com uma inquirição exaustiva sobre opiniões, ideias, escritos e ditos avulsos de um dos arguidos. Interrogado sobre o que é que pensa disto ou daquilo, o examinado vai respondendo o melhor que pode e sabe.
Quem tenha um conhecimento mínimo de história sabe que em julgamentos políticos semelhantes a postura adequada da parte da defesa é aproveitar a oportunidade e transformar o tribunal numa tribuna. E os julgados saem sempre em vantagem: nunca estes julgamentos ideológicos deixaram de redundar em vitórias políticas dos que a eles foram submetidos.
Muita coisa depende, obviamente, do talento e da capacidade de arguidos e defensores: mas quem lhes ofereceu o palco e os holofotes já lhes deu a oportunidade política das suas vidas.
É bem feito. Quem foi responsável por esta enormidade merece que as castanhas lhe estalem na boca.

2 Comments:

At 12:19 da manhã, Blogger Waco said...

Obrigado em nome do próprio Mário Machado pela refência.
Cumprimentos caro Manuel A..

 
At 3:39 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O circo continua montado e a palhaçada pula de contente. Até ver. Se tudo o que se passa no País não fosse tão sério e trágico, este julgamento dava para rir a bandeiras despregadas. Os verdadeiros criminosos, assaltantes, traficantes de droga, traidores à Pátria e pedófilos, estão todos cá fora e os que não fazem mal a ninguém vão presos e lá permanecem eternidades. Entretanto o poder político continua a rir-se porque vê que o Povo nem tuge nem muge. Se isto não é um verdadeiro inferno, então não sei o que chamar-lhe.

Maria

 

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