domingo, outubro 08, 2006

Professores

Segui com o maior interesse, e alguma emoção, as impressões que foram surgindo sobre o drama dos professores e do ensino em Portugal nalguns dos mais respeitáveis blogues da nossa rede. A emoção explica-se naturalmente por também eu ter sido professor (de coisas diversas de que sabia pouco), durante sete anos. Vivi intensamente esse tempo, lutei com paixão para servir como a minha consciência me dizia que era meu dever servir. Fiz o que podia, e só por isso julgo não ter sido dos piores. Depois desisti: ao contrário de Jacob, já não tive de servir outros sete anos.
Compreenda-se e aceite-se portanto o interesse e a emoção que em mim desperta o tema que em boa hora mereceu a atenção de tão altos espíritos como são o Combustões e o Jansenista. Não foi só a importância objectiva do assunto! Essa também se impõe sem necessidade de demonstração, mas os factores subjectivos que enunciei marcharam à frente na aproximação.
Na hora que passa, merecem a nossa gratidão o Combustões e o Jansenista só por dirigirem para aí os focos das suas atenções: é preciso falar em linguagem de gente nos problemas que nos tocam a todos, superando tanto o bloqueio do jargão tecnocrático da casta que se apossou dessa coutada como as ligeirezas da leviandade jornalística.
Entenda-se assim como manifestação de apoio o repescar de dois escritos que já em tempos publiquei aqui no blogue, e que me parecem vir a propósito. São velhos, mas o tempo que passou não trouxe nada que lhes tire actualidade. Vão já a seguir, com esperança que sejam reforço no recrudescer das atenções sobre essa problemática. Ao menos que não desajudem.