quinta-feira, julho 13, 2006

Nota mínima garantida

Uma das notícias do dia foi a publicação dos resultados dos exames nacionais feitos pelos alunos do secundário. Como já vem sendo hábito ano após ano, os índices de aproveitamento parecem ser desastrosos e dão lugar a generalizadas lamentações sobre o nosso insucesso escolar. Aquilo deixa-nos ficar mal no retrato, ainda por cima nesta época em que a propósito de tudo é uso começar logo a fazer comparações. Ficamos mal vistos no estrangeiro.
Os jovens não acertam no Português, não atinam na Matemática, as médias afundam a cada ano que passa.
Eu penso que o governo tem grandes responsabilidades nesta tristeza. Podiam muito bem ter tomado medidas atempadas que evitassem estas vergonhas.
Por exemplo, e sem preocupações de aprofundamento: podia ter-se feito uma circular determinando que as respostas erradas não contavam para o apuramento geral dos resultados.
Ou podia instituir-se uma classificação mínima garantida, definindo-se um patamar de dignidade abaixo do qual nenhum aluno poderia ser classificado. Uma classificação mínima garantida que obviasse às consequências mais gritantes da desigualdade de rendimentos entre os alunos, combatendo as suas manifestações mais chocantes. Uma classificação mínima garantida que funcionasse independentemente das diferenças de aproveitamento, contribuindo para eliminar as inseguranças e incertezas que estão na base das angústias de tantas famílias.
Enfim, são apenas duas ideias. O que me parece é que o Estado não pode permanecer indiferente ao drama que representa o insucesso escolar.

1 Comments:

At 12:04 da tarde, Blogger Jorge Arbusto Sr. said...

Mesmo a jeito, acabei de postar a "Carta de um pai", que certamente lhe agradará.

Ide ver.

 

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