terça-feira, dezembro 20, 2005

Colóm catalão?

A RTP2 transmitiu hoje um documentário já gasto sobre o "Enigma Colombo", focado nas teses de Charles Merryl sobre as origens do navegador.
A novidade, se é possível chamar-lhe assim, que trouxe o referido trabalho foi a insistência numa possível pista catalã, para responder ao evidente naufrágio da tese genovesa.
Porém, e para lá do afastamento da tese italiana, a tese catalã também não apresenta qualquer demonstração convincente. Tão somente a semelhança do tipo de caligrafia usado numa carta do navegador com aquela que se usava então na Catalunha, esquecendo que a carta foi ditada a um secretário; as conclusões de um exame lexicográfico, que constatou a existência de múltiplos erros no castelhano usado nas cartas de Colóm, o que seria compatível com o catalão como língua materna, mas sem se analisar a hipótese mais que estudada por Mascarenhas Barreto do afastamento do léxico castelhano conduzir precisamente ao português; e sempre como pano de fundo a existência de uma família Colóm em Barcelona - o que é inegável, mas cujo significado não se vislumbra: se Colóm pertencia a essa família porque razão ele e os seus familiares mais chegados, bem como todos os seus contemporâneos, nunca deram a menor indicação nesse sentido? E se queria esconder a identidade, como explicar que sempre tivesse usado precisamente esse nome, Colóm, tal como os seus irmãos e descendentes?
Enfim, o documentário tem pelo menos o mérito de puxar para a actualidade a questão da nacionalidade do descobridor da América, apresentando-a como uma questão em aberto.
A este respeito, reitero o convite a todos os leitores a que leiam o material já reunido na página dos Amigos da Cuba.
E não descurem a importância da História.

2 Comments:

At 2:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Merche Romero...catalana?

 
At 12:50 da tarde, Blogger JSM said...

Como sempre a bater-se pela verdade histórica e pela nossa auto-estima! Colombo era português, nasceu na Cuba e foi um agente secreto do Rei D.João II! Pena que nunca se tenha dado importância à política de sigilo de Portugal, no tempo em que puxávamos todos para o mesmo lado.Pela Independência com Grandeza!
Um abraço.

 

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