quarta-feira, dezembro 28, 2005

Carta Aberta às Vítimas da Descolonização

Se há livro que me salte à lembrança, quando o tema vem à baila, é este de Jacques Soustelle, que li em português ainda antes do desastre. Não aprendemos nada com os outros...
Hoje a "Lettre ouverte aux victimes de la décolonisation " encontra-se apenas entre os livros raros.
É pena. Gostava que todos os amigos o lessem; e depois poderíamos começar a conversa.
Procurem então a "Carta Aberta", as vítimas de cá e de lá (como bem via Soustelle as vítimas de lá são muito mais, e a tragédia é bem maior), e os que não sendo pessoalmente vítimas sentem que terrível amputação também a si foi feita.
Soustelle é um personagem fascinante: sobretudo etnólogo e antropólogo, mas também arqueólogo, professor e homem político (foi governador da Argélia) deixou uma obra de escritor que resultou das suas experiências de infatigável viajante, estudioso e e explorador (México e América Central, Norte de África, Sahara, África Negra, Polinésia e Nova Caledónia).
Na sua "Carta Aberta" analisa a situação do Terceiro Mundo após a vaga descolonizadora. A quem aproveita a descolonização. Qual a sorte dos povos anteriormente colonizados. Mitos, mentiras e imposturas. O fiasco descolonizador. Ajuda ao Terceiro Mundo e neo-colonialismo. O racismo oficializado. A conspiração internacional ao assalto da África Portuguesa.