domingo, julho 31, 2005

Casais do mesmo sexo?

Torna a mania dos "casais de homosexuais".... sempre me irritou a designação. Em português, acho eu que um casal é a unidade formada por dois seres da mesma espécie - e de sexo diferente. A união entre dois seres do mesmo sexo poderá formar, a ser precisa denominação, uma parelha. Uma parelha, uma junta... o que quiserem. Casal é que não. Ou julgam os senhores que um passarinheiro ao anunciar um casal de pintassilgos quer referir-se a uma dupla de pintassilgos-macho ou de pintassilgos-fêmea? Mal iria a criação!
Vai um alarido enorme sobre a igualdade de direitos, os quais os homosexuais e seus entusiastas apoiantes (por cá a alegre rapaziada do Berloque de Esquerda) dizem que têm a menos que os outros cidadãos. Ninguém ainda explicou, porém, quais são os direitos que um heterosexual tem e que um homosexual não tem. Casar com uma pessoa do mesmo sexo? Ninguém tem: o casamento é um contrato entre dois seres de sexo diferente (código civil dixit...)
Logo, aí não existe desigualdade, mas sim perfeita igualdade. Qualquer um, seja lá o que for, só pode casar com quem seja de sexo diferente do seu. O que os homosexuais reivindicam apresenta-se portanto, notoriamente, como uma outra coisa: um novo contrato civil, de união pessoal (entre duas pessoas, entre várias pessoas, sei lá...).
Não é um casamento: este destina-se a formar casais...
E, já agora importa dizê-lo, as reivindicações trazem atrelada a ideia de uma sociedade que já não é aquela baseada na família, tal como a conhecemos. Esta guerra tem portanto outro alcance, e reveste natureza essencialmente política, social, ideológica e revolucionária. Desculpem a pompa da circunstância.

4 Comments:

At 6:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

http://web.isp.cz/jcrane/IB/Homophobia_and_arousal.pdf

 
At 7:18 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Plenamente de acordo. Os termos "casamento" e "casal" têm implícita a ideia de união de dois seres de sexos diferentes. Para a união de seres do mesmo sexo, e porque "parelha" poderá ter uma conutação negativa por ser usada em conjuntos de dois animais, julgo que o termo apropriado que deveria ser adoptado pelos homosexuais que vivem conjuntamente deveria ser o de "parceiros". Vivendo conjuntamente não eram casados mas parceiros que viviam em parceria. São termos dignos, que os não devem ofender, que retratam a situação, que estão disponiveis para serem oficializados e que têm ainda a vantagem de admitirem a poligamia. Se ela vier a ser disponibilizada para os homosexuais.

 
At 12:45 da manhã, Blogger Miles said...

Um dos mais brilhantes textos que o Manuel Azinhal escreveu no seu blogue, e que me marcou profundamente.

 
At 1:27 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Se não pode ser pessoas do mesmo sexo, oh Deuses, deduzo que os legumes estão também fora de questão... Como vou explicar a este gajo que está impossibilitado de "acasalar" com as cenouras e os pepinos que a futura esposa lhe comprará no mercado para lhe fazer o jantar?

Sexo Vegetal

Há pessoas que levam esta questão do vegetarianismo mesmo muito a sério, senão vejamos.
Um rapaz com o qual mantenho algum (cada vez menos, felizmente) contacto pelo o messenger, pseudo-hetero-maxo que tinha colocado um anuncio a procura de outros pseudo-hetero-maxos para um encontro real que não inclua sexo oral, beijos e outras "demonstrações de maior afectividade", explicou-me hoje que: "um gajo que faz broxes a outro não pode depois andar aí a comer gajas". Este mesmo rapaz já me tinha confessado, entretanto, que enquanto se masturba gosta de enfiar cenouras e pepinos pelo cu adentro.
Não acho justo. Malditos especialistas que souberam tão bem dar nome aos "paneleiros" que se beijam e se broxam entre eles e esqueceram-se de apelidar estes gajos que se consolam sexualmente com legumes.

http://foiumprazer.blogspot.com/

 

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