domingo, janeiro 30, 2005

O Professor Trocado

Há nomes que são uma premonição. O jovem Dioguinho já nasceu Trocado. Herdou do avô, o amigo de Salazar. Ao que parece era um homem de bem, o professor Josué Trocado. Mas isso o Dioguinho não herdou. Nasceu trocado no carácter, e troca-tintas na vida e nas ideias. Cresceu assim. Quem o segue há trinta anos, e lhe conheça a crónica, já está à espera e antecipa a próxima. Mesmo assim há ainda uns ingénuos que se espantam.
O bloguista João Pedro Dias, normalmente comedido, não resistiu a zurzi-lo fortemente, agora a propósito das últimas piruetas do figurão (que não serão as últimas, certamente). Como não conheço João Pedro Dias, não sei onde ele o terá conhecido; mas pelo que escreve conheceu-o com toda a certeza.
Eu podia desfiar aqui um longo rol de sem-vergonhices, desde os tempos de 1974, em que a palavra de ordem era a sobrevivência a todo o custo, até esta fase em que seja na GALP seja na CGD a ideia é comer por um lado e encher-se pelo outro. Quais incompatibilidades éticas qual carapuça...
Da obsessão presidencial não vale a pena falar, já todo o mundo falou (o rebento Domingos, fino como um alho e mimoso como o pai, lembrava-nos altruísta que o papá já foi "presidente do mundo"; que generoso ele é em querer ser nosso presidente!)
O melhor é parar, que hoje estou azedo e mal-disposto. Não falo mais do Prof. Diogo Pinto Trocado. Mas sempre vos digo que eu nem para a troca o queria.