segunda-feira, janeiro 17, 2005

De borracha é que ele é!

Todos sabemos que político de sucesso nestes tempos conturbados é o que nunca diz o que faz e nunca faz o que diz.
Mesmo assim as recentes piruetas e malabarismos de José Sócrates, nomeadamente em matéria de orçamentos, benefícios e malefícios fiscais, o disse mas já não digo e não sei se direi, mais as promessas mirabolantes sobre pensões de reforma e salários, e mais os novos empregos às centenas de milhar, e o crescimento a taxas vertiginosas, ultrapassaram todos os limites do esperado.
E andava eu a chamar-lhe o homem de plástico!... Começo a ver que me enganei. Que se trata de produto de fábrica, inteiramente artificial, não se me oferecem dúvidas.
Mas ao ver esta elasticidade, esta flexibilidade, esta maleabilidade, esta espantosa adaptabilidade a todos os ambientes e situações, esta total ausência de forma própria, definida e estável, verifico que não é de plástico que se trata.
Só pode mesmo ser de borracha.