sábado, outubro 30, 2004

Breve passeio blogosférico, e crónica respectiva

Como é sábado de manhã, fiz uma digressão pelas proximidades blogosféricas.
Encontra-se muito que ler, com gosto e com proveito. Nem sei como alguém ainda compra jornais.
Recomendo aos leitores que apreciem o vigor da prosa e o desassombro das ideias que não percam de vista o DRAGOSCÓPIO. Ele não quer fazer proselitismo, mas uma pessoa não pode deixar de o seguir. Foi tocado pelo fogo dos deuses. Depois, quem tenha o coração e o espírito tomados pelo espírito de missão (la mui noble concepción de servicio, como dizia um camarada que se fue al lucero que en el cielo le esperaba) não pode abandonar o DO PORTUGAL PROFUNDO. Caso muito mais sério que o do famoso Professor Marcelo, que não passa de jogos florais em família.
Verifiquei que estão vivos e intervenientes o LUSITANA ANTIGA LIBERDADE e o CEGOS, MUDOS E SURDOS.
No conjunto, vasta leitura para o fim de semana. E quem pretenda ir mais longe leia Gustavo Corção, profundo e vibrante, no FASCISMO EM REDE (não façam essa cara, que já não tenho idade para ligar a figas e esconjuros).
Para acabar, uma pequena mensagem. Ali mais atrás tinha feito uma referência à nossa presidenta e à sua particularíssima concepção sobre o "cargo", lamentando não poder contar umas estórias que trago atravessadas. O A. ficou aos saltinhos, a pedir "conta, conta, conta!". Não sabia como responder, dado que realmente não é possível contar, pois se o fizesse seria bem depressa apanhado e ficaria bem pior que o António Caldeira.
Mas de repente surgiu-me uma inspiração: posso dizer o essencial sem dizer o que não quero. Assim: o que eu quis referir foram umas práticas, em que a certa altura fiquei na ingrata posição de protagonista, que, somadas com outra situações que depois fui conhecendo sem que me dissessem respeito, me comprovaram à saciedade que a ilustre primeira-dama tem do "cargo" e da "missão" em que se acha investida uma concepção... cunhalista. O neologismo nestre caso não vem de cunhal, evidentemente. Digamos que a senhora leva muito a sério a função de provedora de amigos e parentes, e não se inibe. E tenho dito.