sábado, julho 24, 2004

Évora honrada com uma Secretaria de Estado

Segundo anuncia o Governo do Dr. Pedro Lopes (hoje, amanhã não sabemos)  será instalada em Évora a Secretaria de Estado dos Bens Culturais, de que é Secretário de Estado o Dr. José Amaral Lopes.
Por mim, que não sei quem é este Dr. Lopes (nem sequer se é primo do primeiro), confesso que preferia a opção pela outra Secretaria de Estado do mesmo Ministério da Cultura. Com efeito, uma Secretaria de Estado das Artes e Espectáculos garantia logo outra projecção. E a senhora que tomou posse como Secretária de Estado, a Dra. Teresa Caeiro, é indiscutivelmente mais agradável à vista do que o Dr. Lopes. Para além de ser pessoa de múltiplos talentos e habilitações,  como se viu do episódio em que passou da Defesa Nacional, para onde estava superiormente apta, para a área da Cultura, onde não o está menos.
Acresce que a senhora traria logo atrás de si (dela, pois claro) um afluxo extraordinário de publicidade gratuita, visto que as revistas do coração não a largam. Haveria até a possibilidade, uma vez que, segundo as revistas, ela é a actual namorada de um tal Piet-Hein, que é empresário de uma produtora de telenovelas, de vir a arranjar-se uma nova telenovela com cenário eborense, agora que está a acabar a "Queridas Feras" (já recebi o convite para o jantar de encerramento!).
Enfim, não querendo parecer mal agradecido (obrigado, Pedro!) eu sugeria que quem puder meta uma cunha para a troca: damos o Dr. José Lopes pela Dra. Teresa Caeiro. Julgo que ninguém ficaria prejudicado.
Já agora, confesso que ainda não percebi o que significa essa instalação da Secretaria de Estado em Évora. São os serviços centrais dessa secretaria de estado que passam todos para Évora? É só o Gabinete do Secretário de Estado? E onde se instalam, fisicamente? Previu o Dr. Lopes, primeiro, a construção de um edifício de raiz? Ou a adaptação de algum grande edifício histórico da cidade, para acentuar a força simbólica dessa descentralização (estou a pensar no Quartel-General, por exemplo)? Ou bastará uma secretária, um telefone e um fax nalgum dos edifícios dependentes do Ministério da Cultura? Ou talvez até, se a coisa for de curta duração, uma suite nalgum dos hotéis da cidade...
Eu, se me fosse permitido decidir, escolhia algo mais fácil, mais prático e mais barato: para o alcance prático que a medida vai ter, um apartado nos correios chegava concerteza.