segunda-feira, janeiro 26, 2004

ECOLOGIA VITAL

Não sendo conservador, encontro-me porém cada dia mais um conservacionista. Um pouco como Noé perante o Dilúvio.
Consola-me esta descoberta positiva, porque geralmente só era capaz de me definir pela negativa: sei muito bem o que não sou, mas tenho grande dificuldade em arranjar definição que me satisfaça e me represente.
Mas sim senhor: sou um conservacionista. As causas a que me apego partem todas do mesmo instinto de defesa das espécies.
Defendo a Pátria em que nasci, espaço ideal da ecologia humana a que pertenço. Defendo a Vida, onde a espécie se perpetua e expande. Defendo o Ambiente, a preservação do suporte físico da nossa existência terrena. Tudo realidades em perigo.
Quero dizer que para mim as recomendações que faço aos meus leitores resultam todas da mesma cosmovisão: esteja eu a solidarizar-me com a defesa da Costa Vicentina, como faz o “Ambientalista”, a recomendar o “Portugal e Espanha”, porque pugna pela liberdade e independência de Portugal, a batalhar contra o aborto, apoiando o movimento “Mais Vida Mais Família”, ou a elogiar a “ACAM”, porque luta pelas condições da nossa segurança, é sempre a mesma concepção do Homem e do Mundo, digo do Homem situado e do seu Mundo, que procuro traduzir e concretizar.