sábado, novembro 29, 2003

AZINHAL ABELHO

Joaquim Azinhal Abelho nasceu em Orada, Borba, em 1916, e veio a falecer em Lisboa em 1979.
Licenciado em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa.
Dirigiu o jornal de poesia popular “A Voz de Portugal” e foi um dos fundadores da revista “Mensagem”.
Publicou os seguintes volumes de poesia: “Solidão, ai dão, ai dão”; “Confidências de um Rapaz Provinciano” (com o qual ganhou em 1936 o Prémio Antero de Quental, do extinto Secretariado Nacional de Informação); “Epopeia Vulgar”; “Victorial”; “Canto Chão”; “7 Ex-Votos a Nossa Senhora”; “ABECEdário de Lisboa”; “Domingo Ilustrado”; “Eu Fui Guadiana Abaixo” e “Os Anjos Cantam o Fado”. Organizou e publicou ainda as antologias “Cancioneiro do Natal Português” e “Cancioneiro do Vinho de Portugal”.
Foi também um homem do teatro, quer do teatro erudito, a que se dedicou em Lisboa, chegando a dirigir companhia própria, quer do teatro popular tradicional, deixando obra de inestimável valor com a sua recolha “Teatro Popular Português”.
Também muito conhecido durante anos pela sua ligação às festas populares de Lisboa.
Já agora, para os eborenses que disso se lembram, também responsável pelos famosos cortejos históricos e etnográficos que durante anos animaram as nossas festas de São João. E para os estremocenses com boa memória, também foi ele importante estudioso e divulgador da tradição da barrística de Estremoz.
Dedicou parte importante da sua obra à evocação da sua terra; tem hoje um centro cultural com o seu nome em Nossa Senhora de Orada, sua aldeia natal (homenageada no livro “Os da Orada”).
Importante vulto da cultura portuguesa e alentejana do século XX, foi um exemplo vivo de um intelectual multifacetado, activo e interveniente no seu tempo, ao mesmo tempo erudito e popular, sempre tradicionalista e fiel às raízes.