sexta-feira, novembro 21, 2003

A AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA

Em 15 de Fevereiro de 1932,em São Paulo, Plínio Salgado fundou a Sociedade de Estudos Políticos (S.E.P.), que congregou jovens estudantes das escolas e elementos do maior valor intelectual e moral, que acabaram criando um movimento de profunda brasilidade meses mais tarde: a Ação Integralista Brasileira , que foi fundada oficialmente em 07 de Outubro de 1932.
As Raízes do Integralismo vinham de Euclides da Cunha, quando nos mostra o contraste entre o litoral e o sertão, vinha da inspiração de Gonçalves Dias, dos poemas de Olavo Bilac, enaltecendo o serviço militar, vinha do filósofo Farias de Brito, que incutiu no espírito de Plínio Salgado o sentimento espiritualista, vinha de Alberto Torres, que inspirou em Plínio uma apaixonada orientação Nacionalista, e por fim Oliveira Viana, que na opinião de Plínio Salgado foi o maior sociólogo que o Brasil produziu.
A partir daí, Plínio Salgado organizou a AIB em todo o País, ensinando ao povo a mística da Grande Nação. Os Integralistas passaram a pregar a Unidade da Pátria, a independência da Nação de qualquer influência estrangeira, o culto das tradições e dos Símbolos Nacionais; a moralidade e as virtudes públicas e privadas, o respeito à Ordem e o amor da Disciplina, e à Brasilidade mais pura, e o prestígio ao Poder Central.
Grandes figuras públicas brasileiras no início de suas carreiras políticas cerraram fileiras nas hostes Integralistas, como Gustavo Barroso, Miguel Reale, Câmara Cascudo, Alceu Amoroso Lima e D. Hélder Câmara. De 1933 em diante, o Integralismo prosseguiu sua obra construtiva, fundando nesse período mais de 4.000 núcleos de nacionalismo e propaganda doutrinária; puseram em funcionamento milhares de escolas de alfabetização em toda a Nação Brasileira, milhares de ambulatórios médicos, lactários, farmácias, campos de esporte, bibliotecas, cursos profissionais e outros serviços de Benemerência. Fundaram mais de 100 jornais, dos quais 8 eram diários. Fundaram uma revista de cultura, e realizaram numerosos cursos de altos estudos relativos a assuntos nacionais ou universais. Tudo isso, foi feito mediante um sentido de extrema exaltação mística. O Integralismo organizava-se com nobre aspiração religiosa (Deus dirige o destino dos Povos). Pregavam a Revolução Interior, a mudança de costumes das pessoas. Um verdadeiro ascetismo purificava as almas de milhões de homens e mulheres (em 1936, a AIB chegou a ter mais de um milhão de membros filiados!).

(dedico este texto à memória de Plínio Salgado - que Deus conserve para sempre junto do Si - e ao Embaixador Dario de Castro Alves - que Deus conserve muito tempo junto de nós.)